sexta-feira, 22 de maio de 2009

A CANOA

Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de lado para outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado perguntou ao barqueiro:
__ Companheiro, você entende leis?
__ Não. Respondeu o barqueiro.
E o advogado compadecido:
__ É pena, você perdeu metade da vida!
A professora muito social entra na conversa:
__ seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
__ Também não. Responde o remador.
__ Que pena!
Condói-se a mestre:
__ Você perdeu metade da vida!
Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O canoeiro preocupado, pergunta:
__ Vocês sabem nadar?
__ Não. Responderam eles rapidamente.
__ Então é uma pena! Conclui o barqueiro:
__ Vocês perderam toda a vida!

“Não há saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes” _ Paulo Freire

Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha contato. Cada uma delas tem algo de diferente para ensinar...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

GOULART, Cecília Maria Aldigueri. Oralidade, escrita e letramento. IN CARVALHO, Maria Angélica Freire de / MENDONÇA, Rosa Helena

O referido artigo disserta sobre as marcas da oralidade no processo da descoberta da escrita, da necessidade que nos seres humanos temos de interagir, de comunicarmos uns com os outros e que através da oralidade é que muitas gerações conseguiram manter seus costumes e hábitos que foram passando de pai para filho o que compõe um rico acervo cultural.
A autora afirma que todos têm o direito a conhecimentos acumulados durante o processo histórico, mas que para é de suma importância conhecer o sistema de escrita. A escrita vem sendo transformada ao longo dos séculos e hoje vivemos em uma sociedade grafocêntrica o que faz da escrita um marco entre os alfabetizados e os analfabetos, o que também é usado na divisão de classes sociais.
Conforme a autora a má divisão econômica está diretamente ligada a má distribuição de bens culturais o que dificulta a participação integral de uma grande parcela da população na sociedade letrada por não serem capazes de entenderem com clareza o que lêem. Ler e escrever com competência demanda conhecimento amplo e globalizado, estar atualizado com os acontecimentos mundiais.
O texto então apresenta o conceito de letramento e o distingue do conceito de alfabetização, mostrando que letramento é muito mais que uma escrita mecânica, de simples decodificação. Nos diz também que hoje em dia dar ênfase à língua como um sistema, e não como um bem cultural trata-se de uma interdição à leitura e à escrita e, conseqüentemente a entrada da criança no mundo letrado. A língua faz parte do processo de vida do homem por isso passa por transformações o tempo todo, além de haver diferenças entre a língua escrita e falada e essas diferenças precisam ser percebidas pelas crianças. A norma padrão é definida pela elite da sociedade por isso é considerada a mais adequada, a maneira culta de se expressar. Há em nossa língua uma grande variedade lingüística o que não impede que nos entendamos ou que a mensagem não seja transmitida. Quem geralmente mais sofre com o uso dessa diversidade da língua são os menos valorizados socialmente, os oriundos das classes populares, os destituídos de bens econômicos e culturais. Nessa diversidade também é possível identificar a origem social, regional e econômica do sujeito, o que contribui para a formação de um pré-conceito equivocado.
A escola tem nesse cenário o papel de propiciar a discussão sobre várias formas de falar e de escrever. O trabalho com a língua pode significar alienação ou libertação. È preciso ver esse trabalho como meio para que ocorra uma leitura de mundo pelo aluno, algo que se renove a cada de dia e que seja capaz de tornar a vida mais interessante. Segundo o texto professor é aquele que diz “faça comigo” e não aquele que se vê como centro de referência.
O texto termina lembrando da necessidade e importância de se valorizar as pessoas e o que de melhor elas têm, fazer com que acreditem no seu potencial e se arrisquem, que coloquem suas opiniões diante da sociedade, que se façam ouvir, pois só assim estarão inseridas no mundo dos letrados. As contradições, as semelhanças, as diferenças existem e são exatamente elas que dão o tom do discurso ou do debate.

sábado, 16 de maio de 2009

E você, que vestígios deixará para o futuro?

Tudo o que se escreve, o que se

desenha, o que se constrói, o que se

lembra

são pedacinhos de um

gigantesco quebra-cabeça.

Cada peça que se encaixa

revela algo mais

daquilo que somos e

do mundo que vivemos.

São vestígios do que as pessoas fazem,

em cada lugar, em cada momento.

E você, que vestígios deixará

para o futuro?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Escola Rural do Bonfim

Escola Rural do Bonfim

A Escola Rural do Bonfim nasceu de um anseio generalizado da comunidade rural do Bonfim, descoberto a partir do diagnóstico de saúde realizado pelo Posto de Saúde do Bonfim, em 1992, onde se pretendia definir as necessidades primordiais dessa comunidade. A avaliação diagnóstica revelou um elevado índice de analfabetismo entre os jovens e adultos causado principalmente pela dificuldade de acesso à escola, retardando a entrada das crianças na escola e conseqüentemente dificultando a aprendizagem. As principais reivindicações eram: uma escola mais próxima à zona rural do bairro Bonfim, tanto no que diz respeito à distância, propriamente dita como no que diz respeito à realidade sócio-pedagógica.


Caixa de Habilidades


Construi essa caixa numa etapa do Estágio II. Utilizamos para desenvolver a coordenação motora, habilidades como abrir e fechar ziper, dando autonomia para as crianças que desevolvem atividade como amarrar seus sapatos e construirem sua independência em pequenas tarefas.